Quando li o livro wunderblogs.com
— REAÇA! REAÇA!
PSSSST!
— PSTU?
Humpf.
Pois quando li o livro wunderblogs.com, chamou-me a atenção um texto do Felipe Ortiz sobre o trabalho do biólogo austríaco Paul Kammerer. Não vou falar do que se trata: leiam o post, que é bem longo e vale cada linha. Menos de 24 horas depois, o Dadá, mente mais inquieta que eu conheço, iniciou uma conversa comigo sobre o mesmo assunto: coincidências, fatos que atraem fatos, números que atraem números. Comentei, “Ah, então você leu o texto do Felipe Ortiz”, e ele não sabia do que eu estava falando. Assustador.
De uns tempos para cá tenho notado que as músicas têm se atraído de uma forma muito estranha. Exemplos:

  1. Fui assistir ao documentário Super Size Me, que tem em sua trilha sonora a música Yummy Yummy Yummy. Eu já a tinha ouvido em algum lugar, mas não conseguia lembrar onde. Não foi preciso muito: A Fer havia passado o fim-de-semana aqui em casa, e assistíramos a alguns episódios do Monty Python’s Flyng Circus (já falei que tenho a série completa em DVD? Pois tenho!). Tínhamos visto até o disco 7. Quando cheguei do cinema, coloquei no aparelho o disco seguinte. E lá, no final de um dos episódios, havia uma banda encaixotada tocando a tal música.
  2. Semana passada estava ouvindo rádio e a Brasil 2000 (sempre ela!) presenteou os ouvintes tocando uma faixa da trilha sonora do filme Trainspotting. Passei o dia com ela na cabeça, mas sequer sabia seu título. No dia seguinte pela manhã, a Fer fez um comentário sobre o quanto gostava de Born Slippy. Eu não sabia do que ela estava falando, e ela esclareceu que era da trilha de Trainspotting. Eu nem comentei nada: procurei a danada no Soulseek, e é claro que era a mesma.
  3. No último sábado estava tentando descobrir de quem era a versão em inglês da música Quizas Quizas Quizas (gravada, entre outros, pelo Cake como Perhaps Perhaps Perhaps). Passei o dia todo com a música na cabeça, só para descobrir no dia seguinte o seriado Coupling, que tem exatamente essa música em sua abertura. Além de tudo, outra canção cujo título é a mesma palavra repetida três vezes.
  4. Hoje eu recebi o livro Todas As Festas Felizes Demais, do FDR, comprado pela internet. Cheguei em casa, tirei o livro da caixa e desci para o meu quarto. Liguei o micro, botei meus fones de ouvido para escutar um pouco de João Gilberto, que nunca é demais. Pois bem: no exato momento em que João cantou os primeiros versos de Doralice, abri o blog do FDR para falar sobre o livro e dei de cara com esse post.

E tem mais, eu sei que tem mais. Só não consigo lembrar. Mas todos esses eventos acontecido em menos de três semanas (os três últimos ocorridos na última semana), me fizeram pensar novamente na teoria de Paul Kammerer. Ou seja, mais um assunto para estudar até ficar meio doido, e encher o saco de todo mundo na mesa de bar com isso. E os amigos achando que eu havia atingido o auge da chatice com aquele negócio de neurociência…

A certa altura da gravação, Marina Person perguntou a Juliana, a atriz pornô, se algum ator já havia broxado com ela. Ela falou que sim, porque às vezes vai fazer uma cena com um cara que ela acabou de conhecer, e mesmo assim só trocaram cumprimentos. Sem conversar nem nada, o diretor grita “Ação!” e o cara tem que fazer lá o serviço.
Aí eu fiquei com uma dúvida: quando o ator pornô broxa em serviço, isso vem descontado e discriminado na folha de pagamento, como é feito com atrasos ou faltas em certas empresas?

Existe uma palavra. Uma palavrinha de nada. O moleque lá do livro “Um Grande Garoto”, do Nick Hornby, usa essa palavra. Diz que a família, os parentes, os amigos são _ _ _ _ _ _ _ _, que impedem a gente de sair flutuando por aí. O significado da palavra tem a ver com isso: Alguma coisa que você usa pra prender um balão à terra, ou outras coisas que sairiam flutuando se não fosse essa coisa.
QUE PALAVRA É ESSA, CARALHO, QUE EU ESTOU A SEMANA INTEIRA CAÇANDO AQUI DENTRO DO CABEÇÃO???