Tradução canhestra

Como prometido, segue a tradução da história do zumbi. Meu inglês é aquela coisa lamentável, então aceito sugestões para melhorar o trabalho.
(Isaac, thank you very much for your support. My translation doesn’t make justice to the original text but, like I told you, I just needed to share it. It’s a great tale, and I envy you forever)

Eu sou um zumbi apaixonadoPor Isaac Marion
Eu sou um zumbi, e isso nem é tão ruim. Estou aprendendo a conviver com o fato. Desculpe se não me apresento direito, mas é que eu não tenho mais nome. Duvido que algum de nós tenha. Nós os esquecemos, assim como aniversários e senhas do banco. Eu acho que o meu começava com “T”, mas não tenho certeza. É engraçado, porque quando eu estava vivo, estava sempre esquecendo o nome das outras pessoas. Estou descobrindo que a vida de zumbi é farta de ironias, uma piada onipresente. Mas é difícil rir quando seus lábios já apodreceram.
Antes de me tornar um zumbi, eu acho que era um executivo, ou algum tipo de jovem profissional. Acho que eu trabalhava em um daqueles empregos de escritório sufocantes em algum arranha-céu sei lá onde. As roupas dependuradas nos restos do meu corpo são de boa qualidade. Belas calças de gabardine, camisa de seda prateada, gravata Armani vermelha. Eu provavelmente pareceria bem distinto, não fossem meus intestinos se arrastando no chão. Rá!
Nós gostamos de brincar e especular sobre o que restou de nossas roupas, já que essas últimas escolhas de moda são quase sempre a única pista de quem nós éramos antes de nos tornarmos ninguém. Alguns são menos óbvios do que eu. Calça jeans e camiseta branca. Saia e regata. Então fazemos palpites aleatórios.
Você era um encanador. Você era uma barista. Lembra alguma coisa?
Geralmente não lembram.
Ninguém que eu conheça tem memórias específicas. Reconhecemos algumas coisas — prédios, carros, gravatas — mas o contexto nos escapa. Estamos aqui, Fazemos o que fazemos. Nossa dicção não é lá essas coisas, mas podemos nos comunicar. Nós rosnamos e resmungamos, fazemos gestos com as mãos, e de vez em quando umas palavras escapam. Não é tão diferente de como era antes.
Há algumas centenas de nós vivendo em uma grande planície de poeira perto de uma grande cidade. Não precisamos de abrigo ou calor, obviamente. Ficamos em pé na poeira, e o tempo passa. Acho que estamos aqui há um bom tempo. Mesmo arrastando minhas entranhas, eu estou nos primeiros estágios de decomposição, mas há alguns mais velhos por aqui que são pouco mais do que esqueletos com uns fiapos de músculo dependurados. De alguma forma, os músculos ainda se extendem e se contraem, e eles continuam a se mover. Nunca vi nenhum de nós “morrer” de velhice. Talvez nós vivamos para sempre, não sei. Eu já não penso muito no futuro. Isso é algo que é muito diferente de como era antes. Quando eu estava vivo, só pensava no futuro. Vivia obcecado com isso. A morte me fez relaxar.
Mas me entristece termos esquecido nossos nomes. De tudo, isso parece ser o mais trágico. Eu não sinto falta do meu, mas lamento pelos dos outros, porque eu quero amá-los, mas não sei quem eles são.
Hoje alguns de nós iremos para a cidade para buscar comida. A expedição começa quando um de nós fica com fome e começa a arrastar os pés na direção da cidade, e alguns outros o seguem. Pensamento com foco é uma ocorrência rara entre nós, e quando vemos alguém se esforçando para isso, seguimos. De outro modo, ficaríamos só parados rosnando. Ficamos um tempão parados rosnando, o que às vezes é frustrante. Os anos passam desse jeito. A carne murcha sobre nossos ossos, e nós ficamos parados, esperando. Fico pensando em qual deve ser a minha idade.
A cidade onde as pessoas moram não é muito longe. Nós chegamos pelo meio-dia e começamos a procurar por carne fresca. O novo tipo de fome é uma sensação estranha. Você não a sente no estômago — claro que não, já que alguns de nós nem têm estômago. Você a sente… por todo lado. Você começa a se sentir “mais morto”. Eu já vi alguns de meus amigos voltarem à morte total quando a comida é escassa. Eles vão ficando mais lentos, param, e se tornam cadáveres de novo. Eu não entendo nada.
Acho que a maior parte do mundo já era, porque as cidades por onde vagamos estão se desintegrando tão rapidamente quanto nós. Carros quebrados, enferrujados, enchem as ruas. O que era de vidro se espatifou. Não sei se houve uma guerra, ou uma peste, ou se fomos apenas nós. Talvez tenham sido as três coisas. Não sei. Não penso mais sobre coisas assim.
Encontramos algumas pessoas em um conjunto de prédios de apartamentos arruinados, e as comemos. Algumas delas têm armas e, como sempre, temos algumas baixas, mas não nos importamos. Por que nos importaríamos? O que é a morte, agora?
Comer não é uma coisa agradável. Eu arranco o braço de um homem a mordidas e odeio isso, é nojento. Eu odeio os gritos dele, porque não gosto de dor, não gosto de machucar ninguém, mas isto é o mundo agora, isto é o que nós fazemos. Eu não o como todo, é claro, se eu deixar sobrar o bastante, ele vai se levantar e me acompanhar até nosso campo de terra fora da cidade, e isso pode me fazer sentir melhor. Eu o apresentarei a todos, e talvez fiquemos de pé resmungando por um tempo. É difícil definir o que sejam “amigos”, mas talvez isso se aproxime. Se eu não comê-lo inteiro, se eu deixar sobrar o bastante…
Mas é claro que eu não deixo sobrar o bastante. Eu como o cérebro dele, porque é a melhor parte. É a parte que, quando engolida, faz minha cabeça se iluminar com sensações. Memórias claras. De três a dez segundos, dependendo da pessoa, eu consigo me sentir vivo. Eu distingo traços de refeições deliciosas, belas canções, perfumes, crepúsculos, orgasmos, vida. E então tudo se dissolve, eu me levanto e vou tropeçando para fora da cidade, ainda morto, mas sentindo como se o fosse um pouco menos. Me sentindo bem.
Eu não sei porque temos que comer gente. Eu não entendo que graça tem mastigar o pescoço de alguém. Nós certamente não digerimos a carne nem absorvemos os nutrientes. Meu estômago é uma bolsa podre e inútil de bile seca. Nós não digerimos, apenas comemos até que a gravidade force tudo para fora do cu, então comemos mais. Parece tão inútil, e ainda assim é o que nos mantém andando. Eu não sei por quê. Nenhum de nós entende de verdade por que somos do jeito que somos. Não sabemos se somos o resultado de algum tipo de infecção global, ou alguma maldição antiga, ou algo ainda mais sem sentido. Nós não falamos muito sobre isso. Debate existencial não é uma parte importante da vida de zumbi. Nós estamos aqui, e fazemos coisas. Nós somos simples. É legal, às vezes.
Outra vez fora da cidade, de volta com os outros ao campo de terra, eu começo a andar em círculos sem motivo. Eu finco um pé na terra e giro em volta dele, rodando e rodando, levantando nuvens de poeira. Antes, quando estava vivo, eu nunca poderia fazer isso. Eu lembro da tensão. Eu lembro das contas e prazos, formulários de declaração de renda. Lembro de viver tão ocupado, sempre, em todo lugar, o tempo todo, tão ocupado. Agora estou apenas num campo de poeira a céu aberto, andando em círculos. O mundo foi simplificado. Ser morto é fácil.
Depois de uns dias, eu paro de andar, e fico parado em pé, balançando para frente e para trás e rosnando um pouco. Eu não sei porque rosno. Não sinto dor, nem tristeza. Acho que é só o ar sendo espremido para dentro e para fora de meus pulmões. Quando meus pulmões se decompuserem, isso provavelmente vai parar. E agora, enquanto balanço e rosno, precebo uma mulher morta a uns metros de mim, olhando para as montanhas distantes. Ela não balança nem rosna, só fica com a cabeça pendulando de um lado para outro. Eu gosto disso nela, dela não balançar nem rosnar. Eu me aproximo e fico parado a seu lado. Eu cicio algo que lembra um cumprimento, que ela responde com um espasmo de ombro.
Eu gosto dela. Eu estendo a mão e toco seu cabelo. Ela não está morta há muito tempo. A pele dela é cinza e seus olhos estão um pouco fundos, mas ela não tem ossos nem órgãos expostos. A roupa dela é uma saia preta e uma blusa justa de abotoar. Eu suspeito que ela era uma garçonete.
Preso ao peito dela há um crachá prateado.
Eu consigo ler o nome dela. Ela tem um nome.
O nome dela é Emily.
Eu aponto para o peito dela. Lentamente, com muito esforço, eu digo, “Em… ily”. A palavra escorrega para fora do que sobrou da minha língua como se fosse mel. Que belo nome. Eu me sinto bem só de pronunciá-lo.
Os olhos embaçados de Emily se arregalam em reação ao som, e ela sorri. Eu sorrio também, e acho que fico um pouco nervoso, porque meu fêmur se quebra e eu caio de costas na poeira. Emily apenas ri, e é um som engasgado, brusco, adorável. Ela estende a mão e me ajuda a levantar.
Emily e eu nos apaixonamos.
Não sei bem como isso acontece. Eu lembro de como o amor era antes, e isso é diferente. É mais simples. Antes, havia fatores emocionais e biológicos complicados envolvidos. Nós tínhamos longas listas de coisas a fazer e testes elaborados para passar. Prestávamos atenção em penteados e carreiras e tamanhos de peitos. E havia o sexo, em tudo, confundindo todo mundo, que nem a fome. Ele criava saudade, ele criava ambição, competição, ele levava pessoas a deixarem suas casas e inventarem automóveis, naves espaciais e bomba atômicas, quando podiam, em vez disso, ficar sentadas no sofá até morrerem. Paixões animalescas. Necessidades inconscientes. O sexo fazia o mundo girar.
Isso tudo já era. O sexo, antes uma força tão universal quanto a gravidade, agora é irrelevante. Ambição e saudade não são mais parte da equação. Meu pênis caiu há duas semanas.
Então a equação foi excluída, o quadro-negro apagado, e as coisas são diferentes agora. Nossas ações não têm motivos subjacentes. Nós arrastamos os pés pela poeira e ocasionalmente trocamos palavras rosnadas, pesadas, com nossos companheiros. Ninguém discute. Não há brigas, nunca.
E o lance com Emily não é complicado. Eu apenas a vejo, e me aproximo e, por razão nenhuma, mesmo, eu decido que quero estar com ela por muito tempo. Então agora nós arrastamos os pés na poeira juntos, não mais sozinhos. Sei lá por quê, gostamos da companhia um do outro. Quando precisamos ir à cidade para comer gente, nós o fazemos em horas diferentes, porque é desagradável, e não queremos compartilhar isso. Mas compartilhamos todo o resto, e é bom.
Nós decidimos andar até as montanhas. Levamos três dias, mas agora estamos em pé em um penhasco olhando a lua branca e gorda. Às nossas costas, o céu da noite está vermelho por causa de cidades distantes queimando, mas não ligamos para isso. Desajeitadamente, eu agarro a mão de Emily, e nós olhamos a lua.
Não há um motivo real para nada disso mas, como eu disse, o mundo foi simplificado. O amor foi simplificado. Tudo é fácil agora. Ontem minha perna caiu, e eu nem liguei.

60 comments

  1. Lindo. Lindo. Fiz questão de ler sua tradução primeiro e apenas dei uma passada de olho no original. Sua tradução não está canhestra coisa alguma. Aliás, ficou muito boa e me emocionou. Vou procurar outros contos do Isaac Marion; mas antes, um recado: pára de dizer que seu Inglês é ruim, caralho.

  2. Eu já fiz o contrário, li em inglês para poder dar pitaco na tradução 😉
    Bom, traduzir é uma arte (que eu não domino), então todos os palpites seriam só da ordem de manter a fidelidade textual, mas sabendo que ela sempre fica sujeita às questões de estilo.
    Então, “rotten off” estaria mais para “caíram de podres”. Mais adiante, “mas o contexto nos escapa”. Depois faltou um ‘se’ (e talvez um ‘todo’, para não usar ‘inteiro’ como no final do parágrafo) ficando: “Se eu não o como todo”.
    Quando ele fala de “distilled”, acho que não pretende só simplificação, mas também remoção de impurezas e empecilhos mesmo, “destilado” ou “purificado” poderiam ser escolhas melhores.
    Tem um errinho de edição aqui: “para for a de meus pulmões”. Ao invés de “balance e rosno”, deveria ser “balanço”, não?
    Que tal “Então a equação foi cancelada”?
    “Lance” foi uma ótima sacada!
    Enfim, a tradução ficou muito boa mesmo, obrigado por compartilhar esse belo texto com a gente.
    ps: muito legal esse smiley perdido no fim do template 🙂

  3. Olá Marco!
    Conheci seu blog no começo do ano e desde então venho tentando fazer como sempre faço quando conheço um blo e ler todos os post desde o começo.
    Como você costumava dizer, eu não devo ter nada pra fazer, então em aproximandamente 3 meses, eu consegui ler um ano e meio de JMC. rsrsrsrs E olha que você escreve pra caralho!!
    Sou metodista e também já fui professora dos adolescentes e o jeito que você reconta as histórias biblicas me lembra muito minhas aulas, mas sem os palavrões. Me divirto bastante com seu blog.
    Eu evitei ler os post atuais pq queria entender tooooda a história, mas o iGloogle ficava todo dia me mostrando as atualizações, aí não resisti. Agora me divido entre ler os posts antigos(estou em 04/07/2003) e os atuais.
    Nunca comentei, pq não faria o menor sentido eu comentar em posts antigos e os novos que eu tinha lido, não tinham me motivado a fazê-lo(não que não fossem bons), mas esse texto de hoje é fantástico, não leio em inglês, então não pude ler o original, mas acredito que esteja bem fiel e se não estiver não tem tanto problema pq adoro o seu jeito de escrever. Conseguir sentir e viver o amor por ele só, sem as preocupações que nós(vivos) teimamos em enfiar no meio deve ser realmente grandioso.
    (Nossa!! Eu tb tô escrevendo pra caralho!!)
    Bom… Parabéns e obrigada pelo blog!
    Ele tem me feito dar boas risadas e tb me ajudado a ver algumas coisas por outros ângulos.
    Um forte abraço!

  4. Já tinha lido em inglês o texto e, como todo o texto, ele merece ser lido na língua original se possível. Mas de qualquer forma achei muito boa a sua intenção de traduzi-lo para o português para aqueles que não dominam a língua do tio chicoespirro.
    Não sei porque, ao final do texto eu me lembrei da música do Alvarenga e Ranchinho “Romance de uma caveira”.

  5. Um pequeno adendo, vi em outros sites que a música foi composta por Rolando Boldrin e que Alvarenga e Ranchinho só fizeram sucesso com ela.

  6. Muito bom.
    Ele me lembrou Incidente em Antares. Não o seriado da globo, mas o livro de Érico Veríssimo. Leiam e entendam por que Luiz Fernando Veríssimo é o que é.

  7. Apesar de algumas passagens nojentas como “meu pinto caiu”… e toda a podridão a qual um zumbi está submetido, o texto passa uma mensagem muito bacana.
    Mas, me colocou para pensar em uma coisa, a gente sempre quer tanto que as coisas sejam mais fáceis, mais simples, porém a complexidade do ser humano é o que nos faz sentir vivos.
    As relações, brigas, amores, felicidades, conflitos, emoções intensas… acho que se perco tudo isso… é porque virei de fato um zumbi.
    Mas, enfim, compreendi a beleza do texto, mas acho impossível se aplicar nos humanos. Vivos!

  8. Marco,
    Como regra, eu sempre acabo me decepcionando com as traduções que eu vejo por ai na internet.
    Como regra…
    Você foi mais uma das felizes exceções que me supreendem. O que me faz ser mais um admirador seu.
    Se ficaram alguns erros, que já assinalaram nos outros comentários, o resultado supera esses detalhes.
    Agora tenho mais um bom autor para desfrutar. Muito obrigado pela dica!

  9. Muito foda o texto. Gostei paca. Só que eu estragaria o texto da seguinte forma:
    – Não usaria tanto o pronome “eu”. Entendo que possa reforçar a idéia da solidão de um zumbi no contexto, mas não usaria.
    – Não usaria “cu”, e sim “ânus”. Esse teu “cu” largado assim, do nada, desviou minha atenção.
    – Não pediria sugestões pra melhorar o trabalho, porque o leitor (eu, nesse caso) ia perder o impacto inicial do texto procurando pelo em ovo e achando coisas que saem do cu pela gravidade.
    – Mandaria comentaristas chatos se foderem.
    Grato pela atenção.

  10. nosssa ke phooooda muito bom mesmo ja to repassando prum monte de gente, fika ai mais um trabalha pra tu marcão alem de escreve capitulo da biblia tem ke traduzi textos xD

  11. Além dos textos, eu também me divirto com os comentários! rsrsrs
    O do Bobmacjack dizendo que “- Não usaria “cu”, e sim “ânus”. Esse teu “cu” largado assim, do nada, desviou minha atenção.” me fez rir por uns cinco minutos.
    A notícia de que “Moisés agiu sob efeito de alucinógenos” merecia um post seu sobre isso… rsrsrs
    Eu li o original, acho que a sua tradução está muito boa. Lógico que a tradução nunca se igual ao original, até mesmo porque ao sermos fiéis no conteúdo, perdemos o brilho que o autor confere ao texto ao jogar com as palavras.
    Até agora li o “Future Me” e gostei. Li também o “Young Ghost Anna”, achei apenas bom, acho que ficou muito extenso para ter um final tão previsível. O “I Am a Zombie Filled With Love” até agora é o melhor.
    Abraço!

  12. putz adorei o testo muito, mas muito bom.
    e também gostei da tradução ficou coerente e me passou uma emoção bem legal é issi aí tchau!

  13. Vc é foda né? Textão desse, tradução ótima. Tradução boa é aquela em que o leitor se integra e participa e me senti assim…
    Ainda vem você com toda modéstia do mundo.
    Ana Cartola, Ana Cartola segura minha filha!!!!…rs
    Bjão

  14. A tradução está boa, mas achei a história ruim. O texto é um pouco vulgar e, além disso, possui uma filosofia um tanto quanto manjada.
    Outra coisa, se o infeliz quebrou o fêmur, como é que ele continua com suas caminhadas?

  15. Ô, Albion, não sou médico nem nada da área de saúde, mas acho que o que realmente impede uma pessoa de se utilizar de um membro fraturado seja a dor e não a fratura em si. Tanto é assim que algumas pessoas que se quebram com o sangue quente continuam como se nada tivesse acontecido, como já vi em alguns acidentes automobilísticos. Entretanto, quando o sangue esfria, não conseguem nem respirar sem sentir muita dor, aí nem levantam da cama.
    Acho que por isso o zumbi continua com suas caminhadas: não sente mais dor. Talvez o fato de a perna dele ter caído o impeça de fazer certas extravagâncias – como ir ao topo de uma montanha, por exemplo -, mas acho o fêmur quebrado não é lá essas coisas.
    E, realmente, o comentário do bobmacjack foi o melhor.
    E, Marco, o texto é muito bom e sua tradução também. Pode até fazer esse tipo de caridade mais vezes e trazer bons textos encontrados por aí para cá.
    Abraços a todos.

  16. marco aurélio,
    leio o seu blog a bastante tempo e nunca fiz comentário algum, mas desta vez não consegui.
    tinha que escrever alguma coisa.
    não sei inglês, não sei se a tradução é boa ou ruim, mas sei que tem um pedaço da sua alma neste texto.
    não foi somente uma tradução.
    fiquei emocionada. vc é especial e escreve super bem. muito sucesso.
    teresa.

  17. O Bobmacjack tinha razão. Li o texto em inglês logo quando você indicou, achei fantástico e não consegui passar de três linhas da tradução. O problema é que instintivamente eu paro de ler pela fruição e começo a comparar, corrigir (não que eu tenha realmente corrigido algo), procurar pelas nuances e aí não flui…
    Mas de qualquer forma, confio quase cegamente nas suas indicações de leitura.

  18. Marco,
    Ja faz algum tempo que leio seu blog e acho muito bom.
    Quanto ao texto do zumbi…
    Nota dez cara !
    Apos ler a tradução, achei impossivel não ler o original.
    Parabéns Marco !!!!
    Abraço.

  19. po cara como fã de zumbis e, geral posso diser que isso ai é foda pra caralho .
    a tradução não ta ruim não.
    e a quase esqueci .
    TERMINA A BIBLIA LOGO PORRA
    eheheh

  20. A lingua inglesa não conhece a tal de “virgula”, por isso que quando você os escuta parecem uma metralhadora ponto 50 ou duas. Prá ganhar deles só o Galvão Bueno da Rede Bobo. Ele não me deixa raciocinar e o pior é que é pago e muito bem pago para não deixar você raciocinar senão você muda de canal na mesma hora. Notaram?

  21. na boa… Seu ingles é bom sim.
    Elogia o Isaac por mim, por favor. Creio que já deve ter elogiado bastante ja que quis traduzir, mas ainda sim peço que o elogie por mim.
    Obrigada por compartilhar com a gente o conto! Adorei ter lido!

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