Trabalho em Higienópolis, tradicional bairro judaico de São Paulo. Saindo para o almoço hoje, vi um casal com bebê no colo descer de uma Saveiro. O que me chamou a atenção foi o adesivo na traseira do carro, que dizia:

Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer 88

Com meu parco conhecimento do idioma alemão, traduzi a frase como “Um povo, uma nação, um Führer”. O “88”, pesquisei agora, é uma tradicional saudação nazista. Como o h é a oitava letra do alfabeto, o número corresponde à abreviação da saudação Heil, Hitler!
Cadê o Henry Sobel quando mais precisamos dele?

Detalhe: era um casal de mulatos mais escuros do que eu…

Lembram-se do furdunço com o iG e o Santander? Aquele negócio de mandar fax e ser mal atendido? Então: resolvido. A reclamação que eu registrei contra o Santander no site do Banco Central deu resultado. Esta semana o banco depositou o dinheiro na minha conta, um valor muito maior do que eu esperava.
Minha irmã trabalha no iG, meu irmão trabalha no Santander, e eu sou editor de um site chamado Consumidor Moderno (em breve com nova cara). Pois não fui aporrinhar meus irmãos nem dei carteirada de jornalista em ninguém. Resolvi tudo pelos meios convencionais.
Imaginem se, por exemplo, eu tivesse pedido uma forcinha pro meu irmão. Todo correntista do banco que eu conheço ia querer encher o saco do moleque. Ou que eu publicasse uma reclamação no site ou na revista Consumidor Moderno? Todo mundo ia querer que EU resolvesse suas pendengas por aí.
Então, o que aprendemos hoje, crianças? Aprendemos que problemas podem ser resolvidos sem precisar de jeitinho nem forcinha. É assim que se constrói um país sério.
Por hoje é só. Até a próxima lição.