Ei, meus queridos, como vão vocês? Me incomoda muito este blog sem atualizações, então resolvi vir até aqui para explicar por que isso acontece. Bom, primeiro porque tenho trabalhado muito. Agora mesmo estou em casa, mas trabalhando. E está tudo bem, não se apoquentem: ao contrário do que acontecia antes, o trabalho agora faz sentido para mim. Estou envolvido em projetos interessantes, minhas idéias são bem recebidas, estou bastante feliz.
Outro motivo é que o próximo capítulo de I Reis é bem chatinho. Alguém dirá que eu deveria ignorar e partir logo para o capítulo seguinte. Os que me conhecem, porém, sabem que o transtorno obsessivo-compulsivo não me permitiria fazer isso.
Tenham paciência, portanto. Eu volto, mas não agora.

Atenção rapazes (e moças que também apreciem): ouvi dizer que o ensaio fotográfico de uma certa Srta. Mônica Frutuoso no site The Girl está muito interessante do ponto de vista estético. Dizem que os glúteos da referida senhorita têm um design bastante diferenciado. Dizem também que os assinantes do provedor Terra têm acesso a uma seqüência de fotos ainda mais belas e agradáveis.
Só me disseram, não sei de nada. Sou um homem comprometido, sem tempo para esse tipo de contemplação estética. Seja como for, confiram e me digam se é mesmo tudo isso.

Eita, que o povo danou-se a gostar de mim! É um tal de gênio pra cá, sensacional pra lá, irrepreensível pra acolá, maravilhoso praquele outro lado. Há até quem diga que eu merecia receber pelo que escrevo.
Merecia, é?
Então tá.


E aí? O que estão esperando? 1.299 reais, e o dono ainda faz em seis vezes. Vocês me agradam, eu me divirto, e minha namorada treina para, quem sabe um dia, deixar de ser pata.
Ah, e um Jeep Willys ia bem também.
Obrigado.

A revista B2B Magazine de junho traz uma matéria sobre executivos blogueiros. Como eu sei? Oras, eu trabalho na revista e escrevi a versão para internet da matéria, usando o material que o Giba conseguiu para escrever a versão impressa. Parece que esse negócio de blog já está dentro das corporações há muito tempo, e só os executivos brasileiros ainda não perceberam. Diz Jonathan Schwartz, presidente COO da Sun:

Comecei meu blog por um motivo simples: eu queria estabelecer um diálogo direto com qualquer um que estivesse interessado na Sun, no que nós fazemos, e no que nós significamos como empresa. E eu o escrevo pessoalmente, não há ghostwriters, porque autenticidade deve estar acima de tudo numa conversa. Até onde eu sei, quanto mais nossos funcionários, investidores e clientes conhecerem a nosso respeito, melhor.
Há um imediatismo de interação que se pode obter com a audiência através dos blogs que é difícil de se alcançar de outra forma, exceto através de comunicação face-a-face. E não há maneira de qualquer indivíduo, tanto mais alguém que dirige uma companhia grande como a Sun, ter como falar face-a-face com uma audiência tão grande regularmente.
Nós sabemos que o “senso comum” nas corporações vê os blogs como uma ameaça. Mas nós também sabemos que o termo “senso comum” é um oxímoro. Para mim, companhias que vêem os blogs como uma ameaça são as mesmas que vêem o e-mail e os telefones celulares como ameaças. Nós acreditamos que esse tipo de comunicação permite que as pessoas participem e criem comunidades, e que uma comunidade sólida ao redor de uma companhia não é uma ameaça – é um ideal.

A matéria completa, com mais depoimentos e alguns links para blogs corporativos, está aqui.

Lembro-me de Olavo de Carvalho analisando as eleições presidenciais de 2002. Dizia ele que os quatro que brigavam pelo emprego — Lula, Serra, Ciro Gomes e Garotinho — representavam todos a continuidade do socialismo no poder (sim, porque a subida dos comunas ao poder fora realizada por FHC oito anos antes). Segundo Olavo, a única diferença era o glamour envolvido. Isso sem contar o exército de 800 mil jornalistas a soldo do comunismo internacional, a ligação das ONGs com o MST e as Farc, a tríplice aliança do Bicho-Papão com o Saci e o Boitatá, e outras coisas que não me lembro mais.
É feia a coisa. Antes a direita tinha Paulo Francis e Roberto Campos. Hoje tem que escolher entre o malufismo e o maluquismo.

(I Reis 3)
Depois de acabar com a vida dos que poderiam atrapalhar seu reinado, Salomão resolveu tratar de política exterior. Para isso, entrou em acordo com o faraó. Os faraós, que por séculos haviam sido os monarcas mais prestigiados da região, estavam em declínio. Na época de Psusennes II, esse aí que entrou em acordo com Salomão, as terras dominadas pelo faraó restringiam-se ao delta do Nilo, enquanto as terras altas ficavam sob domínio dos sacerdotes de Amon, com sua capital em Tebas. Psusennes II, cuja subida ao trono coincidiu mais ou menos com a morte de Davi — muito próxima, portanto, da coroação de Salomão — vivia sob constante pressão dos verdadeiros donos do Egito por um lado, e das tribos nômades do deserto por outro. Desse modo, a aliança com o rei de Israel, cujo território era estratégico por sua localização, vinha em excelente hora. Assim, Psusennes II e Salomão entraram em acordo, com o primeiro dando a mão da filha em casamento ao segundo. Salomão pegou sua mina e levou-a para morar consigo em Jerusalém.
Jerusalém. O plano de Salomão era meio malufista: transformar a capital israelita num canteiro de obras. Pretendia construir um palácio para instalar-se com seu futuro harém, muralhas reforçadas em volta da cidade e um templo para Javé. Sim, porque desde o Êxodo o povo adorava a Deus no Tabernáculo, que não passava de uma barraca de acampamento com mania de grandeza. Muito útil para um povo que peregrinava pelo deserto, mas um tanto anacrônico para uma nação há muito estabelecida. Além do mais, nem todo mundo tinha paciência, ou recursos, ou tempo, ou tudo isso, para ir até o Tabernáculo. Então o povo oferecia sacrifícios sobre os morros, o que era um problema: sem um sacerdote por perto nem todo o aparato da religião oficial, como ter certeza de que estavam mesmo adorando a Javé, e não a outro dos muitos deuses dos países vizinhos. Até Salomão, que devia dar o exemplo, oferecia seus sacrifícios dessa forma heterodoxa. E foi depois de um dia de particular fervor religioso que a vida do rei mudou.
Salomão fora a Gibeão, onde ficava o altar mais famoso de todos. Nesse dia ofereceu mil holocaustos. Ao fim do dia, exausto, o rei resolveu passar a noite ali mesmo. Num sonho, Javé veio falar com ele:
— Salomão!
— Coé?
— SALOMÃO!
— Quem é, mano? Tá me tirando?
— Sou eu, Salomão. Javé!
— Javé??? Não me zoa, ô!
— Sou eu, Salomão.
— É tu memo?
— SOU, PORRA!
— FAAAAAAAAAAAAAAAAAALA, JAVÉ! Pela órdi?
— Hein?
— Tudo céito, mano?
— MANO É UM CACETE! EU SOU É DEUS, TÁ ME OUVINDO? DEUS!
— Ô, foi mal aê. Fala, Deus, que que manda?
— Vim aqui lhe fazer uma oferta que não costumo fazer a ninguém, Salomão: faça um pedido e eu o atenderei.
— Pô, tipo gênio do Aladim? Da hora…
— MANÉ GÊNIO! ME RESPEITE!
— Sussa, Javé, sussa. É sério memo esse papo aê?
— Sim. Peça o que quiser, qualquer coisa.
— Viiiiiiiiiiiiiiiiiiiiixe, bem lôco. Então seguinte, Javé. Vô lançá a real: tô ligado que cê era mó truta do meu véio, e que ele nunca vacilou aí contigo. E aí cê até me deixou ficar no lugar dele, e eu ainda sou pivete, tá ligado? Tipo, achei da hora mesmo. Cê é firmeza, Javé, na boa memo. Cê é o Grande Truta das Quebrada Celestial, tá ligado?
— PÁRA DE ME PUXAR O SACO E PEDE LOGO!
— Tá, tá! Seguinte: o que eu mais quero memo é ser um sujeito ligêro.
— Ligeiro? Pra quê, Salomão? Israel vive em paz agora, você não vai precisar correr nem nada assim.
— Xi, véio, cê não tá ligado. Eu quero ser ligêro, mano. Espéito, manja?
— Hum. Então você quer sabedoria, é isso?
— Aê, Javé. Porque, se liga: se eu não for ligêro, como é que vou cuidar da parada toda, Israel, Judá e pá? Se eu vacilo, é mó embaço.
— Salomão, seu pedido me surpreende. Eu esperava que você me pedisse riquezas, ou uma vida longa, ou a morte dos seus inimigos. Em vez disso, você pediu sabedoria para governar com justiça. Vou te dar isso, você será o mais sábio dos homens, mas também vou conceder o que você não pediu: por toda a vida, você será um homem muito rico e, se andar comigo como andou seu pai Davi, terá uma vida longa.
— VIIIIIIIIIIIIXE! FIRMÃO, MANO!
— MANO É UMA PORRA!
— Aê, foi mal.
Vejam como é a malandragem: dando uma de humilde e pedindo a Deus sabedoria, Salomão conquistou o respeito de Javé e muito mais do que aquilo que pedira. Malandro é malandro mesmo. Quando acordou, Salomão se deu conta de que estivera falando com Deus. Então levantou-se, voltou a Jerusalém, e lá ofereceu sacrifícios como se esperava que o rei fizesse: na Tenda Sagrada, sobre o altar. Depois disso, ofereceu uma festa para as autoridades de Israel.
Dias depois, a sabedoria de Salomão foi posta à prova. Aconteceu que duas prostitutas chegaram logo cedo para uma audiência com o rei. Vinham discutindo aos berros, e foi difícil fazê-las sossegar. Mas finalmente estabeleceu-se alguma ordem, e uma delas dirigiu-se ao rei:
— Majestade, eu e essa outra aí moramos na mesma casa. Meu filho nasceu há pouco tempo, e três dias depois ela também teve um filho. De noite o filho dessa piranha morreu, porque ela tava bêbada e rolou por cima do moleque. E sabe o que ela fez, majestade? Veio devagarinho pra junto da minha cama e trocou as crianças!
— É MENTIRA!
— MENTIRA NADA! Acordei de manhã pra dar o peito ao menino, e estava morto. Mas eu não sou besta, conheço meu filho.
— VACA! COMO VOCÊ É CARA-DE-PAU! Majestade, o filho dessa mulher aí morreu e ela trocou com o meu.
— O filho é meu! O seu tá morto!
— O SEU tá morto!
— O SEU!
— O SEU!
— O S…
— CALAI-VOS!
Fez-se silêncio absoluto no recinto. O rei passara os últimos dias muito compenetrado, e era a primeira vez que falava em público depois da festa em Jerusalém. Ninguém esperava ouvi-lo falando daquela maneira.
— Calai-vos, eu lhes imploro! Deixai-me-vos que entenda a situação e assim a compreenda e tenha-lhe dentro de meu entendimento. Então tu dizeis que o filho é teu, e o que da outra está morto?
— Sim!
— E tu, por conseguinte, clamais que o defunto filho da outra é?
— Isso!
— Eis que vejo aí grande crocodilagem. Descolai-me uma espada, ó, mano.
O empregado trouxe a espada, e o rei ofereceu sua solução:
— Só há uma maneira de resolver esse imbróglio: que a criança seja partida no meio, e cada qual fique com uma metade. Resolve-se a parada. Estais ligados?
No mesmo instante, uma das mulheres lançou-se aos pés do rei, chorando:
— Não, majestade! Não faça isso! Dê o menino à outra, eu não ligo, mas não mate o meu filho!
A outra, porém, mantinha-se firme:
— O rei está certo. Decisão muito justa. É isso aí.
Vendo a situação, Salomão deu seu veredicto:
— Dizeis que devo partir o infante ao meio, qual mortadela? És uma vacilona, ó filha da maldade! Dai à primeira o menino, pois está claro que ela pariu-lhe de suas próprias entranhas.
No dia seguinte, não se falava de outra coisa em Israel: apesar do linguajar mais estranho do que antes, o rei demonstrara grande sabedoria ao julgar uma causa difícil. Com o respeito adquirido após o episódio, Salomão podia finalmente dedicar-se a reestruturar a nação.

Encalhado(a) no Dia dos Namorados? Então assista ao programa Entre Amigos, hoje às 14h30min, na AllTV. Serei um dos convidados, e darei dicas de como encontrar a mulher (ou homem, ou mamífero dócil de médio porte, ou árvore de caule macio e convidativo) da sua vida.
Para assistir pela web, clique aqui a partir das 14h30min.

Roteiro, direção, produção, edição, atuações, fotografia, figurino etc. etc. etc.

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Pra quê?
O filme é bom, bom de verdade. Excelentes diálogos. O negócio é conseguir se concentrar nas falas quando são proferidas pela boca carnuda de Angelina Jolie.