— Alô.
— Oi, Marco.
— E aê, mãe?
— Estamos saindo agora pra Mococa. Suas roupas estão você sabe onde.
— Se eu sei onde por que cê liga pra me dizer?
— Pra te avisar que a gente tá saindo, ingrato.
— Ah.
— Que hora você sai?
— Só de madrugada.
— Hum… Cuidado, hein?
— Eu? Cuidado vocês!
— Hã???
— “Hã”… Você e o pai indo viajar assim, sozinhos… Comportem-se viu?
— Marco…
— Usem camisinha!
— Me respeita, seu corno!
— Hehehe.

You won’t admit you love me
And so
How am I ever
To know
You only tell me
Perhaps, perhaps, perhaps
A million times I ask you
And then
I ask you over
Again
You only answer
Perhaps, perhaps, perhaps
If you can’t make your mind up
We’ll never get started
And I don’t wanna’ wind up
Being parted, broken hearted
So if you really love me
Say yes
But if you don’t, dear,
Confess
And please don’t tell me
Perhaps, perhaps, perhaps
If you can’t make your mind up
We’ll never get started
And I don’t wanna’ wind up
Being parted, broken hearted
So if you really love me
Say yes
But if you don’t, dear,
Confess
And please don’t tell me
Perhaps, perhaps, perhaps
Para uma menina que me confunde a cabeça.


E aqui estamos novamente, boo, moskito e este vosso criado, para apresentar nosso mais novo trabalho. Na posição de bloguistas estrelinhas com domínio próprio, sentimo-nos muito à vontade gravando esta obra prima da pretensão artística. Ouçam!
Tribloguistas – Velha Infância

Marco Aurélio – voz, violão do Lindauro e careca reluzente
boo – voz sexy, barulhinhos bons
moskito – voz, poema pop, camisa abotoada até o pescoço e cabelo espetado

De que calada maneira
Você chega assim sorrindo
Como se fosse a primavera
Eu morrendo
E de que modo sutil
Me derramou na camisa
Todas as flores de abril
Quem lhe disse que eu era
Riso sempre e nunca pranto
Como se fosse a primavera
Não sou tanto
No entanto, que espiritual
Você me dar uma rosa
De seu rosal principal
De que callada manera
Se me adentra usted sonriendo
Como si fuera la primavera
Yo muriendo
Yo muriendo
(Chico Buarque/Pablo Milanés)

— Bom, seus abestados. É isso. Vou pra casa dar uma cochilada.
— A-até m-mais, Ja-Javé.
— Ô, Javé. Caiu este papel do seu bolso, ó.
— Deixa eu ver… Hum… Ih, porra.
— Q-que foi?
— É sobre pagamento por prejuízos. Guardei esse papel no bolso e acabei esquecendo. Que cabeça, a minha!
— E agora, Javé?
E agora, Javé?/A festa acabou/A luz apag…
— Não começa com essa porra.
— Hehehe. Esquenta não, Arão, isso aqui é bobagem. É o seguinte: Se um israelita passar a perna em outro, será o mesmo que passar a perna em mim. Terá que confessar seu erro, devolver tudo e pagar mais vinte por cento de multa. Mas se o cara que foi engambelado tiver morrido, e não tiver deixado nenhum parente próximo que possa receber por ele, o devedor pagará aos sacerdotes. Aí, além do pagamento mais vinte por cento, deverá levar um carneiro para sacrifício.
— O-outra f-fonte de re-renda pra g-gente.
— Tá aprendendo, Moisés.