O imposto para o Tabernáculo

(Êxodo 30:11-16)
— Anotou aí o negócio do altar de incenso, Moisés? Então peraí, que tá tudo uma zona nesse notebook aqui. Deixa eu ver… Ah! O recolhimento do imposto para o Tabernáculo.
— I-imposto? P-pra q-que i-imposto?
— Ô, Moisés, cê acha que é só construir o negócio e depois não tem mais despesas? Precisa de dinheiro pra manutenção do Tabernáculo, bicho.
— Bi-bicho?
— Hum. Escapou. Não sei de onde tirei isso… Bom, vamos lá. O imposto. Sempre que você for fazer o recenseamento do povo de Israel, vai recolher o imposto. No recenseamento só serão contados homens com mais de vinte anos, então só eles pagarão o imposto, que será de meio siclo de prata por cabeça.
— M-meio si-siclo? Q-quanto é i-isso.
— Ai caralho, tem que explicar tudo… Peraí. Meio siclo é… 5,712 gramas.
— T-tá.
— Então cê vai recolher isso aí, e todos vão pagar.
— Co-como você sa-sabe q-que não v-vai t-ter so-sonegação, Ja-Javé.
— Arrá! Fácil! Cê vai dizer que esse é o valor do resgate pela vida deles, que eles têm que pagar para que não lhes aconteça nenhuma desgraça ou coisa assim.
— Po-porra, i-isso é e-e-extorsão!
— Bah, chame como quiser. O que importa é que eles vão pagar direitinho. E eu me lembrarei de protegê-los.
— Vo-você vai n-nos p-proteger de vo-você m-mesmo?
— É isso aí.
— Q-que sa-sacanagem…
— Sacanagem nada, Moisés! Os fins justificam os meios. Fins, meios, começos… Porra! Esse notebook tá uma zona! Olha aqui, achei mais uns arquivos aqui que ainda têm coisa para a construção do Tabernáculo. Veja você… Bom, vai anotando aí.
— A-ai meu sa-saco…

3 comments

Deixe uma resposta